O que é Fibromialgia?
Fibromialgia é uma síndrome caracterizada por manifestações clínicas muito distintas entre si, tais como: Dor difusa, indisposição, fadiga, instabilidade de humor, cefaleia, alterações digestivas, síndrome do intestino irritável (SII), zumbidos, rigidez muscular, espasmos, entre outras. Esta abrangência de sintomas geralmente dificulta o diagnóstico, o que pode retardar o tratamento. Acomete com maior frequência as mulheres (80 a 90% dos casos), que podem apresentar, além dos sintomas já citados, dores durante as relações sexuais e endometriose; no entanto, homens e crianças também estão suscetíveis à síndrome. (Fonte: http://articles.mercola.com/fibromyalgia/whatisfibromyalgia.aspx)

A dor é tida como principal sintoma relatado pelos pacientes – que muitas vezes têm dificuldade de apontar exatamente o lugar onde dói. Os locais mais recorrentes são a coluna vertebral, as cinturas pélvica e escapular, além da região anterior do tórax. É comum os pacientes se queixarem de uma dor difusa que “irradia” (“tudo dói”), de constante fadiga e de distúrbios do sono (insônia, vários despertares durante a noite, sono não reparador). Durante o exame clínico é necessário investigar 18 pontos dolorosos (tender points), propostos pelo Colégio Americano de Reumatologia, além de confirmar o relato de dor crônica e difusa por pelo menos três meses; solicitar exames físicos e laboratoriais; conhecer mais sobre a história e hábitos do paciente; descartar outras patologias que também causam dor crônica difusa. O paciente com fibromialgia normalmente sente dor em pelo menos 11 dos 18 pontos dolorosos. No entanto, a frequência e intensidade da dor, e os pontos afetados são instáveis, isso é chamado de dor “vai e vem”, que varia de acordo com o contexto em que o paciente está inserido e com os níveis de stress e pressão a que está submetido. (Fonte: http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=4324)
Existem sintomas menos regulares, como a alodinia (sensibilidade do toque aumentada – às vezes um mero tapa nas costas pode provocar dor aguda), a parestesia (formigamento e dormência sem explicação, está relacionada à ansiedade) e os lipomas (nódulos que na maior parte das vezes são benignos, mas causam desconforto ao paciente).
O que provoca a fibromialgia?
As causas da fibromialgia ainda são indeterminadas. Entretanto, por meio de estudos podemos inferir que existe, na verdade, uma combinação de elementos (físicos, psicológicos e neurológicos) no processo de adoecimento. Desequilíbrios químicos podem afetar a forma como o organismo processa a dor: há no líquido cefalorraquidiano (LCR) níveis de substância P (responsável pela transmissão dos impulsos de dor ao cérebro); nos pacientes diagnosticados com fibromialgia, os níveis dessa substância chegam a ser três vezes mais elevados, aumentando a sensibilidade à dor. Além disso, existem influências genéticas (pessoas com parentes próximos que apresentam fibromialgia têm mais chances de desenvolver a síndrome), problemas do sono e outros gatilhos, como lesões, cirurgias, eventos potencialmente estressantes, doenças como lúpus, artrite reumatoide e osteoartrite, que também podem desencadear a fibromialgia.

A influência da alimentação
Em estudo realizado na cidade de Paranapanema(SP) foi observado que os pacientes com fibromialgia consumiam pouca proteína vegetal (arroz integral, lentilha, grão de bico e ervilha), pouco peixe(quando consumiam, era preparado frito. Ao mesmo tempo faziam alta ingestão de cafeína – o que influenciaria em quadros de distúrbio do sono e alteração do humor. Portanto além dos alimentos citados acima o paciente com Fibromialgia deve fazer uma ingestão maior de alimentos ricos em flavonoides, ômega 3 (presentes em abacate, castanhas, sementes de abóbora, de gergelim e de linhaça, quinoa entre outros), que atuam no equilíbrio homeostático, têm efeito anti-inflamatório e são antioxidantes. O espinafre e o amendoim fornecem nutrientes que atuam junto às vitaminas E e C, aumentando a produção de anticorpos e, consequentemente, fortalecendo a imunidade. Uma alimentação rica em frutas(como a banana, por exemplo) evegetais auxilia na saúde dos tecidos e reduz os riscos de doenças cardiovasculares, bem como os níveis de pressão arterial e a obesidade. Todos esses cuidados influenciam na maneira como o corpo reage à fibromialgia, dispondo de mais ou menos nutrientes para realizar processos químicos que combaterão os sintomas.(Fonte: Siena & Marrone (2010). Revista Saúde e Pesquisa, v.3, n.3, p.339-343)
Dicas gerais para ajudar a se orientar
· Manter um diário alimentar pode ser uma boa ideia. Anote tudo o que você come e tente relacionar qual alimento alivia os sintomas e qual provoca agravação.• Consumir uma dieta bem equilibrada é uma estratégia eficaz Idealmente, incluir frutas frescas e vegetais orgânicos, gorduras saudáveis (como coco e óleo de coco, abacate, azeite de oliva extra virgem e castanhas cruas), laticínios orgânicos e quantidades moderadas de proteína magra em suas refeições.Evite alimentos processados que são carregados com açúcar, gorduras trans e outros aditivos sintéticos que podem causar estragos no seu metabolismo. Gorduras saudáveis ricas em Ômega 3 também são encontradas em abundância no salmão selvagem, sardinha, trutas, sementes de linhaça e nozes. Elas ajudam a reduzir a inflamação crônica subclínica do organismo além de serem benéficas para a saúde do coração. De acordo com um estudo de 2007, os pacientes que são diagnosticados com condições relacionadas com a dor, como artrite reumatoide e síndrome do intestino irritável (SII) tinha reduzido dor e rigidez matinal, bem como articulações menos dolorosas, após a suplementação com ômega3.Pacientes com fibromialgia também podem se beneficiar. • Evite adoçantes artificiais, especialmente o Aspartame. Eles podem exacerbar os seus sintomas porque podem estimular o receptor NMDA em seu sistema nervoso, fazendo você se sentir mais dor. Receptor NMDA aumentado é uma marca característica entre os portadores de fibromialgia, segundo estudo de 2006.• Evite alimentos, como glutamato monossódico (MSG), ele pode desencadear ou piorar os sintomas de dor. Ele funciona da mesma maneira como o Aspartame. Além de chips e outros lanches processados, MSG também é usado em alimentos congelados e pratos asiáticos (abundantemente).• Minimize o fermento e ingestão de glúten. Estas duas substâncias, muitas vezes aparecem juntas, especialmente em pães e outros produtos assados. No entanto, tome cuidado, pois levedura pode promover o crescimento excessivo de fungo em seu corpo, e pode exacerbar a dor articular e muscular. Enquanto isso, o glúten pode levar à intolerânciaalimentar, levando a doenças do estômago, problemas digestivos e um sem fim de doenças do espectro autoimune que também desencadeiam sintomas semelhantes aos da fibromialgia.• Berinjelas, tomates e pimentões. Eles podem desencadear crises de fibromialgia e outros tipos de artrite. No entanto, estes são alimentos nutritivos, por isso, se você pode consumi-los sem disparar nenhum sintoma, pode mantê-los em sua dieta.• Evite cafeína após as 14 horas. Muitos pacientes com fibromialgia cometem o erro de combater a fadiga com a cafeína, mas isso só pode exacerbar o problema. A cafeína pode provoca
r dores de cabeça, interferir no sono e causar mais cansaço. · Manter o peso sob controle. Excesso de gordura corporal pode esticar e colocar pressão adicional nas articulações, o que pode agravar os sintomas. Um estudo publicado na revista Clinical Rheumatology confirma isso, e afirma que pacientes com fibromialgia obesos realmente ficam melhor depois que perderam peso; sentiram menos dor, menos pontos sensíveis, e um sono mais reparador.
Além do cuidado com a alimentação, dê atenção ao corpo.
É comum que, durante o tratamento, sejam prescritos medicamentos como as drogas anti-inflamatórias, corticoides, assim como antidepressivos e relaxantes musculares. Contudo, é sabido que os medicamentos apresentam diversos efeitos colaterais (ganho de peso, inchaço, tontura, gastrite, entre outros. Por essa razão, é necessário não abusar dos medicamentos e buscar tratamentos alternativos e/ou complementares como:

- Homeopatia, fitoterapia, reposição e suplementação de nutrientes: restauram o equilíbrio energético e dão as células matérias primas adequadas para recuperação natural e espontânea sem agressões ao organismo.
- Massagem terapêutica: relaxante, reduz a frequência cardíaca, trabalha as articulações e amplia os movimentos. Ajuda também a diminuir os níveis de stress.
- Acupuntura: restaura o equilíbrio das forças vitais por meio da aplicação de finas agulhas em pontos específicos do corpo, estimulando o fluxo sanguíneo e os neurotransmissores.
- Yoga e Tai chi: relaxantes, reduzem as dores, melhoram a qualidade do sono e o humor, combatem a ansiedade.
- Óleos essenciais: óleos como o de lavanda, jasmim, camomila e manjerona ajudam a aliviar a dor e na qualidade do sono.
- Exercícios leves: exercícios como caminhadas leves (de baixo impacto), alongamentos e atividades na piscina (como hidroginástica) promovem maior oxigenação do sangue e das articulações, aliviando as dores ocasionadas pela fibromialgia. No entanto, os exercícios devem ser feitos de maneira adequada, com algum tipo de acompanhamento e sem exigir demais do corpo (o que agravaria o quadro da dor).