A forma como nos alimentamos influencia diretamente todos os processos corporais, inclusive o envelhecimento. Uma dieta balanceada, rica em nutrientes, vitaminas e sais minerais auxilia o organismo a ter condições de funcionar sem grandes déficits, apesar da já sabida desaceleração do metabolismo à medida que a idade avança, e da ação de radicais livres sobre as células humanas. O declínio cognitivo, entendido por uma soma de fatores que podem culminar em doenças como Alzheimer e demência, está também atrelado a uma alimentação pobre em nutrientes, tais como a Vitamina E, responsável por evitar a perda significativa de uma molécula muito importante do cérebro (DHA, um tipo de ácido graxo da família Ômega 3), contribuindo assim para melhorar a plasticidade cerebral. O cérebro de um paciente com Alzheimer apresenta menos sinapses do que um cérebro de funcionamento “normal”, havendo redução dos níveis de proteínas sinápticas, danos oxidativos (ação de radicais livres) e perda de neurônios.
Em que alimentos podemos encontrar Vitamina E?

· Castanhas, em geral: nozes, amendoim, avelã, pistache, castanha-do-pará, amêndoas;· Hortaliças, como couve e alface;· Frutas, como mamão e abacate;· Óleos, como azeite, gérmen de trigo, entre outros.
A vitamina E (tocofenol) é um poderoso antioxidante, auxiliando o organismo a combater os radicais livres, que promovem o envelhecimento e degeneração cognitiva. Em estudos feitos nos Estados Unidos por cientistas da Universidade Estadual do Oregon, em Corvallis, mediante o acompanhamento dos chamados peixe-zebra, foi comprovado que a vitamina E é essencial ao bom funcionamento cerebral, protegendo a integridade dos lipídios no cérebro. Auxilia também no combate a doenças cardiovasculares, câncer e doenças oculares. Ainda foram descobertas evidências importantes dos benefícios da vitamina E na manutenção do fígado, por meio da redução da acumulação de gordura na região hepática.
Durante o chamado estresse oxidativo (excesso de radicais livres no corpo), os níveis de vitamina C e de vitamina E vão sendo esgotados, sem que muitas vezes exista uma reposição. Esse processo está diretamente ligado ao desenvolvimento de doenças como o Alzheimer, que ainda hoje não apresenta possibilidades de prevenção do declínio funcional com pacientes em que a doença esteja instalada de nível ligeiro a moderado. Ou seja, a alimentação rica em vitamina E é fundamental para ajudar a manter as funções cognitivas e uma aliada importante no combate aos danos ocasionados pelo Alzheimer, de modo a neutralizar aspectos específicos da neurodegeneração.
(Fonte: http://www.nutraingredients-usa.com/Research/Vitamin-E-helps-preserve-and-protect-our-fat-heads!)
Alimentação no combate da perda de memória
Usar dos alimentos em nosso benefício é uma estratégia inteligente, saudável e também prazerosa. O modo como a sociedade globalizada tem se alimentado, sempre às pressas, ingerindo alimentos ultraprocessados, cheios de açúcares e de conservantes, afeta nossa saúde das mais variadas maneiras, inclusive nossa memória. O ato de se esquecer de várias coisas ao longo do dia, somado ao estresse e às inúmeras tarefas que precisamos desempenhar, pode ser também um indicativo de adoecimento. Distúrbios psicológicos, doenças neurológicas, problemas metabólicos e algumas intoxicações são fatores comumente associados à perda de memória. Entretanto, essa ausência de memória pode estar relacionada à má alimentação. Os fatores nutricionais têm sido, ao longo de vários estudos, associados ao comprometimento cognitivo. Há uma forte associação entre a ingestão ou suplementação de antioxidantes contra o declínio cognitivo e a demência, demonstrando a importância real dos alimentos no que diz respeito ao bom funcionamento das funções cerebrais.
(Fonte: SOLFRIZZI, Vincenzo et al. “O consumo alimentar de ácidos graxos : possível papel no declínio cognitivo e demência”. Exp Gerontol.Apr;40(4):257-70, 2005.)
Alimentos que combatem a perda de memória:

Gema de ovo: auxilia no funcionamento cerebral, por ser fonte de colina (faz parte do complexo B);
- Cereais integrais (arroz, centeio, gérmen de trigo, feijão): também ricos em colina;
- Salmão e sardinha: alimentos ricos em ômega 3, gordura que auxilia no desenvolvimento cerebral nas crianças e ajuda a manter as funções cerebrais em adultos;
- Semente de abóbora: rica em beta sitosterol (inibe hormônios estressores);
- Maçã: rica em fisetina, composto favorecedor do amadurecimento de células nervosas e estimula processos relativos à memória;
- Vegetais de folhas verde-escuras (brócolis, espinafre, couve): grandes fontes de ácido fólico e reguladores das conexões cerebrais que influenciam o desenvolvimento cognitivo.
- O óleo de coco promove uma ação antioxidante, anticonvulsivante, antiviral, antitóxica, antiespasmódica, antitrombótica, anticâncer, pró-memória, pro-mielinização dos nervos, pro-atenção, pro-normalização do colesterol, entre muitos outros.
- Azeite de oliva: fonte de vitamina E, poderoso antioxidante, e rico em ácidos graxos monoinsaturados – que integram a membrana das células nervosas e aceleram a transmissão entre elas.(Fonte: http://vidaequilibrio.com.br/7alimentosqueajudamacombateraperdadememoria)Uma boa saúde é conquistada diariamente, a partir de uma dieta balanceada e rica em nutrientes, e também da prática de exercícios físicos e de atividades prazerosas como a leitura, por exemplo, que possibilitam maior atividade cerebral, aumento do fluxo sanguíneo e prevenção de doenças. Suplementos nutracêuticos antioxidantes e anti-inflamatórios, também são importantes aliados contra a perda de memória, podendo efetivamente proteger membranas das células e estimular a formação de sinapses, além de melhorar o comportamento e a saúde vascular cerebral. Devem ser administrados pelo médico especializado pois, as formulações corretas são fundamentais no processo de absorção e potencilaização de suas ações.