Comer menos – A quantidade de alimentos que ingerimos influencia o tempo que vamos viver, ou seja, a nossa longevidade.
A descoberta mais recente nesta área é a autofagia, mecanismo que permite que as nossas células se mantenham jovens quando submetidas a períodos de carência alimentar. Além de manter o controle de qualidade dentro de todas as células num processo de limpeza ou reciclagem, em que elas digerem os constituintes de que não precisam ou que estão degradados.
A célula coloca esses componentes dentro de estruturas (como sacos fechados) e degrada o que fica dentro do saco. Podendo reutilizar/reciclar parte dos constituintes que foram degradados. Quando ocorre uma deficiência na autofagia, as células não funcionam bem e envelhecem. Por outro lado, se a autofagia for demasiado estimulada, pode ocorrer a autodigestão da célula, levando à sua morte.
A restrição calórica aumenta a autofagia, levando a célula a se livrar do lixo.
Com o avançar da idade, as células têm menos capacidade de realizar autofagia e começam a acumular proteínas que são tóxicas. Esta diminuição da autofagia pode levar ao aparecimento de doenças associadas ao envelhecimento como as: cardiovasculares, oncológicas, Neuro-degerenativas (Alzheimer e Parkinson), diabetes tipo 2, osteoporose, dentre outras.
O hipotálamo, área cerebral, responsável por funções como a fome, a sede e o sono, também é importante no processo de envelhecimento. É lá que se encontram os neurônios que regulam o apetite e que produzem uma proteína pequena (um peptídeo), denominada NPY. Quando temos fome, esses neurônios fabricam NPY, assim como a restrição calórica eleva a sua produção, o que aumenta a autofagia. Nesse sentido, se o organismo não tem calorias suficientes, começa a consumir as substâncias que causam o envelhecimento para se auto-alimentar.
Alguns estudos mostram que a restrição calórica intermitente (fazer jejum alguns dias) também é benéfica.
Mudar os hábitos e comer menos quantidade com mais qualidade. É o que importa para evitar o envelhecimento precoce e as doenças associadas a ele.
- Para conseguir a restrição calórica que proporcione a autofagia, é necessário fazer uma alimentação com apenas três refeições que incluam:
- Gordura saudável (azeite, óleo de coco, abacate e castanhas) em maior quantidade.
- Proteínas, que são estruturantes e representam 72 % do nosso resíduo seco (músculos, imunoglobulinas, pele, cabelo, órgãos) em quantidade mediana.
- Carboidratos de baixo índice glicêmico (fruta e legumes, batata-doce) em menor quantidade.
- A restrição calórica deve respeitar o metabolismo e as exigências de cada um. Levando em conta a prática de atividade física, a idade o sexo e a avaliação do perfil hormonal.
Dra. Marcia Tornavoi
Nutróloga Homeopata
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